É importante entender que o Brasil já era ocupado por diversas etnias, com seus nomes, valores, linguagem que fizeram parte de sua cultura e também fazem parte da nossa cultura brasileira. Estudos apontam que os povos autóctones(povos originários) dessa região eram indígenas dos povos Bororós, Caiapós e Parecis. Antes da emancipação, Várzea Paulista compunha parte do território que antes era Freguesia de Nossa Senhora do Desterro(ano de 1615), depois elevada a categoria de Vila do sertão de “Mato Grosso de Jundiahy” (data de fundação de 1655) pertencente a Capitania de São Vicente.
Livro de Registros do Armazém de Secos e Molhados do Sr. José de Souza Constantino.
Em 1867, quando os ingleses construíram a estrada de ferro que liga Santos a Jundiaí. A estrada passava por uma várzea campesina, com um saliente acidente geográfico e as águas cristalinas do rio Jundiaí.
O local começou a ser povoado dezenove anos depois da inauguração desse trecho ferroviário, no final do século XIX, mais precisamente em 1886. Isaac de Souza Galvão montou a primeira olaria do local. Consta que a cidade também participou do ciclo do café, que acabou com a intensa geada de 1878.
A empresa franco-ítalo-suíça Societé des Distilheiries Brasiliennes instalou uma destilaria de álcool em terras varzinas e viveu tempos prósperos até 1888, quando finalmente foi abolida a escravidão. Em 1891 foi inaugurada a Estação Ferroviária, com arquitetura e materiais ingleses.
Foto da Olaria de José de Castro.
Em agosto de 1956, o Cartório Civil teve seus livros liberados para assentamentos. O nome do distrito era Secundino Veiga, em homenagem ao jornalista que morreu na época.O primeiro registro de nascimento foi realizado em 14 de agosto de 1956.O primeiro casamento foi realizado em 05 de setembro do mesmo ano.
O cartório substituiu a denominação de Secundino Veiga para Distrito de Várzea, em alusão ao terreno ribeirinho, baixo e plano, situado às margens de um rio. Várzea ainda era distrito de Jundiaí quando Antenor Fonseca foi eleito vereador, representando-a na Câmara Municipal de Jundiaí, de 1960 a 1963.
Em 1964, um grupo de varzinos, formado por Francisco de Assis Andrade, João Aprillanti, Armando Pastre, Victorino Vieira Santana, Antenor Fonseca, Benjamin de Castro Fagundes, Milton Lebrão, Otávio Félix e Farid Feres Sada se reuniu para requerer a emancipação político-administrativa do local. A Assembléia Legislativa de São Paulo deu início ao movimento de emancipação por meio da lei estadual 5820.
No dia 21 de março de 1965 o bairro foi elevado a município de Várzea Paulista. O Paulista no nome da cidade surgiu como identificador de mais uma conquista dos bandeirantes.
A boa localização junto à estrada de ferro e o pioneirismo econômico renderam à Várzea Paulista uma situação privilegiada em relação à quantidade de indústrias instaladas. A partir da emancipação e até aproximadamente 1972, ocorre a organização da estrutura administrativa da Prefeitura recém instalada, cadastrando as propriedades imobiliárias, as fábricas e casas comerciais para o lançamento de impostos.
Foto da fachada da Promeca – Progresso Mecânico Brasileiro
Também tem início o alargamento de ruas e assentamento de guias e sarjetas. Com o passar do tempo, começa o serviço de saúde e a construção do primeiro conjunto habitacional, edificando dezenas de unidades no bairro da Promeca. Foram também adquiridos, através de desapropriação, os galpões do atual Paço Municipal. Criaram-se mecanismos para aumentar o parque industrial, atraindo as primeiras fábricas da Várzea Paulista emancipada, como a Elekeiroz, Progresso Mecânico Brasileiro(Promeca), entre outras.
Registro do Jornal de Jundiaí, do ano de 1965.